Momentos de evasão

 
Perto de mim pairam as dúvidas
Que  se acercam devagarinho
Sem serem notadas, e lá permanecem,
onde  não as posso perceber, nem expulsar.

Neste universo solitário em que mergulho,
Em que me afundo sem perceber,
Não encontro a paz que procuro,
Ninguém parece entender o que e sinto e
Sinto que ninguém entende o que sou. 

Ando à procura do rumo que perdi
Não sei em que  atalho da vida,
Não sei em que lugar da existência ou
em que  esquina do (mau) tempo,
que me abandonou sem se despedir
da minha alma amargurada. 

Procuro-te novamente, em vão.
                   
                      Lurdes Meneses
                                    (12/02/2011)



Tudo o que finges,
dizes sentir
o que fazes
dizes que não.

O que sentes?
Não posso saber,
mas temo que não
saibas dizer.
               (21/03/ 2011)


De olhos perdidos,
em horizontes vagos
procuras  a paz.
Buscas o impossível,
fugir de ti.

Cresceste, voaste.
Poisaste, construíste
tudo o que foste, 
tudo o que és.
Não desistas!
Quero viver em ti.

Lurdes Meneses

(26/02/2011)






As palavras...

São como cristal,
as palavras.

Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta?
Quem as recolhe,
assim,cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

"Uma hora de histórias" na Biblioteca Escolar

"Uma hora de histórias" na Biblioteca Escolar
contadas pela Liliana, no dia das Bibliotecas Escolares

Toda a ansiedade começou quando a professora de Educação Física nos disse:
- Na próxima aula não tragam o material, porque vão ouvir histórias para a biblioteca!
Esperámos até à aula seguinte com muita curiosidade… Como seria?... Quem nos contaria as histórias?... Tanto mistério!
Finalmente chegou o dia! A angústia acabou.
Abriram-nos a porta e entrámos na biblioteca. Levaram-nos ao encontro de uma senhora, com ar simpático, que nos recebeu com muitos sorrisos de satisfação.
Sentámo-nos numas mantinhas e, finalmente, ia haver respostas para todas as perguntas que surgiram sobre o momento.
A senhora apresentou-se dizendo que se chamava Liliana. Vinha da Marinha Grande para fazer renascer a criança que há em nós, e assim foi.
Começámos com um jogo de concentração. Apenas saber observar, era o que tínhamos de fazer. Muito engraçado!
Depois informou que ia contar duas histórias, uma com livro, outra sem.
“Três Histórias do Futuro” começou por nos contar. Uma história engraçada que nos leva a perceber que nada substitui o amor de um pai.
Seguidamente, jogámos outro jogo sobre títulos e autores, estrangeiros e portugueses.
No final do jogo, um bom elogio inundou os nossos ouvidos. Disse-nos que realmente demonstrámos que gostamos de ler.
Contou-nos outra história, “O Pinto Careca”. Muito engraçada, realmente!
Foi um óptimo momento.
As histórias infantis não perdem a sua graça.

Escola Secundária de S. Pedro do Sul, 26 de Outubro de 2009

Isabela Queimadela, Margarida Martins, Júlio Girão, Rita Esteves (Área de Projecto – 7º A)