Perto de mim pairam as dúvidas
Que se acercam
devagarinho
Sem serem notadas, e lá permanecem,
onde não as posso
perceber, nem expulsar.
Neste universo solitário em que mergulho,
Em que me afundo sem perceber,
Não encontro a paz que procuro,
Ninguém parece entender o que e sinto e
Sinto que ninguém entende o que sou.
Ando à procura do rumo que perdi
Não sei em que atalho
da vida,
Não sei em que lugar da existência ou
em que esquina do
(mau) tempo,
que me abandonou sem se despedir
da minha alma amargurada.
Procuro-te novamente, em vão.
Lurdes Meneses
(12/02/2011)
Tudo o que finges,
dizes sentir
o que fazes
dizes que não.
O que sentes?
Não posso saber,
mas temo que não
saibas dizer.
(21/03/ 2011)
De olhos perdidos,
em horizontes vagos
procuras a paz.
Buscas o impossível,
fugir de ti.
Cresceste, voaste.
Poisaste, construíste
tudo o que foste,
tudo o que és.
Não desistas!
Quero viver em ti.
Lurdes Meneses
(26/02/2011)